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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Emergentes querem assumir a presidência do Banco Mundial


Americano Robert Zoellick anunciou que deixa o cargo em junho

Robert Zoellick

O Banco Mundial informou ontem que seu atual presidente, Robert Zoellick, deixará o cargo quando seu mandato acabar, em 30 de junho. O anúncio nutre a expectativa de países emergentes que esperam o fim da regra tácita segundo a qual o posto cabe sempre a um americano.

"Vamos trabalhar para que isso não aconteça", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda) em Brasília, acrescentando que o Brasil quer ver um emergente pleitear o cargo em igual condição.

Já o Itamaraty diz esperar que o sucessor de Zoellick seja escolhido "por mérito e currículo, não por país".

A reivindicação é antiga e engloba o Fundo Monetário Internacional, cuja chefia fica sempre com um europeu.

Países como Brasil, China e Índia defendem que as organizações multilaterais de empréstimo, com sede lado a lado em Washington, reflitam melhor o novo equilíbrio político e econômico global.

O próprio Zoellick acenou em seu comunicado final: "O Banco reconhece que vivemos em um mundo de múltiplos polos de crescimento, onde o conceito de 'Terceiro Mundo' está ultrapassado".

Mas apesar de a cota dos emergentes ter crescido, de eles terem mais voz e de o Banco Mundial prometer um processo transparente, é difícil esperar mudança já. Na sucessão no FMI, em 2011, os EUA apoiaram a francesa Christine Lagarde em detrimento do mexicano Augustín Carstens, e ela ganhou.

Rumores correntes ouvidos pela Folha de funcionários das duas instituições e de diplomatas em Washington dão conta de que a mais cotada sucessora de Zoellick seria a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Hillary voltou a negar a hipótese ontem, assim como refuta outra especulação -a de se tornar vice-presidente em troca de cargos com Joe Biden. Ela já disse, porém, que deixará o Departamento de Estado tão logo acabe este mandato do presidente, independente das urnas.

A saída de Zoellick, um ex-membro do governo Bush que o ex-presidente Lula chamou de "sub do sub do sub", era esperada. Após cinco anos no cargo, ele disse considerar o trabalho concluído.

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