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segunda-feira, 26 de julho de 2010

História: Melitta Schenk Gräfin von Stauffenberg

Melitta Gräfin Schenk von Stauffenberg (nome de nascimento: Melitta Schiller) nasceu em 09 de janeiro de 1903, em Krotoschin, província de Posen, Prússia. Ela era a filha de Michael Schiller, vinda de uma família judia de um comerciante de peles. Schiller era o inspetor do governo da Prússia, além de um oficial do Exército e se converteu ao protestantismo em sua juventude. A mãe de Melitta foi Margaret Eberstein, um nativa de Bromberg, e que teve outros quatro filhos, Marie-Luise, Otto, Jutta e Clare.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Melitta viveu com a avó na Silésia, porque seu pai estava no front e sua mãe e irmã mais velha trabalhavam nos serviços médicos. Depois da guerra, Melitta mudou-se para a província de Posen passou para a Polónia. Logo toda a família se mudou para Hirschberg, na Silésia, onde em 1922 Melitta cursou o ensino médio. Em seguida, ele estudou matemática, física e mecânica de vôo da Universidade Técnica de Munique. Em 1927 se graduou com honras. Como seu pai ficou aleijado na guerra, para financiar a sua educação, Melitta passou a dar aulas particulares. Desde 1928 ela trabalhou como engenheira no Versuchsanstalt für Deutsche Luftfahrt, em Berlim.

Melitta teve cursos de vôo e durante dos oito seguintes anos, cursou estudos teóricos e experimentais sobre vôo avançado. Ademais, recebeu treinamento para voar aeronaves que realizavam trabalhos científicos em vôos de testes. Por seus ancestrais judeus, Melitta recebeu sua baixa da Luftwaffe em 1936 e foi trabalhar com engenheira para Askania, em Berlin-Friedenau. Desenvolveu sistemas de direção e navegação para hidroaviões como o Blohm & Voss Ha 139 e Dornier Do 18. Também esteve envolvida no desenvolvimento de controle de três eixos de Askania. Foi nesse tempo que conheceu o historiador Alexandre Schenk Graf Von Stauffenberg, com quem se casou em 1937. Era portanto, cunhada de Claus Schenk Graf von Stauffenberg, pessoa essa que tentou assassinar Hitler.

Melitta Schenk tinha licenças para voar toda classe de aviões a motor. Em 28 de outubro de 1937 se formou como capitã de aviação, sendo a segunda mulher na Alemanha, depois de Hanna Reitsch a obter tal título.

Ao começar a Segunda Guerra Mundial, Melitta quis trabalhar na Cruz Vermelha, mas em 1939 a Luftwaffe a chamou para cumprir funções como piloto de testes em Rechlin Müritzsee (Mecklenburg). O trabalho consistia em testar o sistema de controle dos bombardeiros em picado. Realizou mais de 2500 lançamentos em picado com aviões Junkers Ju-87 e Ju-88. Realizou essa mesma manobra até 15 vezes ao dia, lançando-se desde os 4000 metros até alcançar 1000 metros e realizando informes sobre o desempenho do avião nas manobras. Seu trabalho foi catalogado como de “mérito para o esforço de guerra” e foi aceita a solicitação para ser considerada “como capacidade de pessoa ariana”, apesar dos ancestrais judeus.

A partir de 1942, Melitta Gräfin Schenk von Stauffenberg ingressou no Colégio Técnico da Força Aperea, em Gatow, onde continuou seus perigosos vôos de testes. Em várias oportunidades, Militta foi ataca por aviões aliados que apareciam nos céus de Berlim. Em 22 de janeiro de 1943 recebeu a Cruz de Ferro de Segunda Classe seu perigoso trabalho e pouco depois foi agraciada com a Insígnia de Piloto, em ouro e diamantes. Desde 1 de maio de 1944, Melitta foi nomeada diretora técnica da Estação Experimenta de equipamentos especiais. Nesse ano obteve o Mestrado com honras e ingressou como Diretora Técnica no instituto de provas Versuchsstelle für Flugsondergeräte.

Seu cunhado Claus Schenk Graf von Stauffenberg solicitou a Melitta em maio e junho para que o levasse e trouxesse no em um dos aviões que ela pilotava ao Quartel General de Hitler, na Toca do Lobo, em Berlim. Durante o vôo, ele confidenciou seus planos para assassinar Hitler, Melitta concordou em ajudar, apesar do perigo. Mas em 20 de julho de 1944 não teve nenhum avião certo para fazer a viagem.

Ao fracassar o atentado contra a vida de Hitler, toda a sua família foi presa. Melitta foi liberada em 2 de setembro devido as autoridades competentes não terem encontrado nexos dela com o atentado. Nesse momento ela retirou o "von Stauffenberg" e só ficou Melitta Gräfin Schenk Condesa Schenk). Seu esposo e suas cunhadas foram levadas para um campo de concentração e seus outros cunhados fora executados por conspiração e tentativa de assassinato. As crianças Stauffenberg foram separadas de suas mães, enquanto Melitta fez o que pôde para ajudá-los por causa de sua posição privilegiada.

Em 8 de abril de 1945, enquanto levava um pequeno avião de treinamento Bücker Bü 181 Bestmann, da fábrica Bücker Flugzeugbau GmbH, em Johannisthal, Berlim, para o sul da Alemanha, ela foi derrubada por uma avião americano, perto de Straßkirchen, Bavária. Conseguiu aterrizar o avariado avião que caiu no final da pista. Foi enviada a um hospital em Straubing, aonde faleceu devido aos ferimentos dos projéteis disparados pelo piloto americano. Melitta não deixou filhos.

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